Mais de 16 mil consultas foram realizadas no Saúde Belém Digital. Os dados são do balanço de atendimentos nos primeiros 45 dias de lançamento da plataforma de teleorientação. Pensada para fortalecer a Atenção Básica de Saúde na capital paraense, a tecnologia conta atualmente com base de 27 mil cadastrados.

Desse total, cerca de 8 mil são de usuários ativos, ou seja, que realizaram pelo menos uma consulta. A maior procura (79%) é pelos serviços dos médicos generalistas e pediatras, que atendem o público de segunda a segunda, a qualquer hora do dia.

O Saúde Belém Digital também conta com equipe multidisciplinar, destinada a ampliar a estratégia de orientação em saúde. A procura por esses profissionais foi de 21% em Nutrição, 17% em Psicologia e 4,69% em Educação Física. A equipe atende em todos os dias da semana, de 8h às 12h e de 14h às 18h. Terças-feiras e quartas-feiras são os dias de maior procura pelo serviço, especialmente na faixa entre 9h e 11h. 

Call center e versão para iPhone

Desde o lançamento em agosto, o Saúde Belém Digital aprimora o serviço levando em conta a experiência do usuário. O carro-chefe do serviço é o aplicativo com interface semelhante aos chats, com navegação intuitiva. 

A partir desta quinta-feira (26), os usuários contam com suporte de call center local. Os atendentes estão aptos a esclarecer dúvidas relacionadas ao funcionamento da tecnologia e também sobre os serviços prestados. 

O call center do Saúde Belém Digital funciona 24 horas, de forma ininterrupta, incluindo feriados, ponto facultativo e finais de semana. Os números de atendimento são: (91) 3122-7062 (Vivo) e (91) 3039-0062 (Claro).

Outra novidade é a versão do Saúde Belém Digital para sistema iOS, disponível na Apple Store. O serviço também opera em Android e na versão web. Vale destacar que, no aplicativo, a navegação não consome dados do pacote de internet dos usuários.

Visita do prefeito de Belém 

Na tarde desta quinta-feira (26), o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, esteve no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá). O local abriga o escritório da equipe de governança do Saúde Belém Digital.

Renato Penha Santos, coordenador do Saúde Belém Digital, destaca que o projeto é uma forma de desafogar as urgências e emergências ao permitir que casos de baixa complexidade sejam resolvidos no meio digital. “Além de analisar os dados, queremos desenvolver tecnologia da nossa região”, destacou. Ele adianta que um dos objetivos do projeto é desenvolver pesquisas na área da Saúde Digital e inovação no campo da Saúde Pública.

Analisando os dados dos primeiros 45 dias do SBD, o secretário municipal de Saúde, Pedro Anaisse, comemora os resultados. “Tivemos dias em que o serviço atendeu mais pessoas do que oito unidades de saúde somadas”, disse referindo-se às unidades físicas do município.

Roberto Ferraz Barreto, diretor Executivo da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP) falou sobre o papel institucional da Fundação no projeto. “Queremos fazer com que o projeto seja de fato uma inovação, que venha para ficar e que avance cada vez mais”.

O prefeito de Belém avalia que o serviço “é complementar ao esforço de abrir as portas do sistema fisicamente. Ele é parte, é um outro tipo de abertura de porta”. Ele ressaltou o impacto da tecnologia na rotina da população de baixa renda, que muitas vezes enfrenta dificuldades de deslocamento para unidades de saúde. Além disso, a tecnologia ajuda a direcionar para as unidades quem realmente precisa.

Parceria 

O Saúde Belém Digital é ofertado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) em parceria com a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP), Companhia de Tecnologia da Informação de Belém (Cinbesa) e apoio do Sistema Único de Saúde (SUS).

A plataforma pode ser usada em casos de baixa complexidade, a exemplo de sintomas leves de gripe, tosse e dor de cabeça. Também oferece atendimento em casos leves de saúde mental, como o acompanhamento e suporte para depressão e ansiedade.

O SBD auxilia ainda na mudança de estilo de vida, ajudando os usuários a adotar hábitos saudáveis. Esse suporte vale também para quem faz tratamento de doenças crônicas, como hipertensão arterial e diabetes mellitus.

Texto: Marta Cardoso