Tecnologia associa agricultura, pecuária e reflorestamento
O primeiro “Ciclo de Divulgação das Pesquisas Apoiadas pelo Banco da Amazônia” abordou o projeto Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), desenvolvido em parceria com a Embrapa e a Fadesp.
O evento foi criado pelo Banco da Amazônia para dar mais visibilidade aos resultados dos projetos financiados pela instituição, através das linhas voltadas à pesquisa, ciência, tecnologia e inovação.
O ciclo foi realizado no auditório da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, reunindo cerca de 60 pessoas, entre pesquisadores e produtores.
A platéia pôde conhecer um pouco mais sobre o ILPF, projeto desenvolvido no Pará, Acre e Rondônia desde abril de 2009, sendo que os municípios paraenses abrangidos são Belterra, Xinguara e Paragominas.
A pesquisadora da Embrapa responsável pelo projeto no Pará, Gladys Martinez, explicou que o objetivo principal do projeto é recuperar o solo exaurido pelas atividades de exploração, seja agrícola ou pecuária.
A recuperação é feita através de tecnologias que permitem a análise do terreno e a identificação das culturas (milho, arroz, etc.) a serem trabalhadas em conjunto com a pecuária e reflorestamento. É definido um ciclo produtivo que faz com que o solo possa se regenerar.
O resultado é bom tanto para o meio ambiente quanto para a produção, porque impede o avanço sobre mais áreas florestais, diversifica e aumenta o empreendimento do produtor.
Gladyz explicou, ainda, que as tecnologias são trabalhadas a partir das Unidades de Referência Tecnológica (URT) montadas nos municípios e difundidas através de cursos, palestras, visitas técnicas e idas ao campo.
Para reforçar a importância dos investimentos feitos no projeto, ela citou dados do IBGE, 2006, que apontam a existência de 1,8 milhão de hectares de pastagens disponíveis para a implantação de novos sistemas produtivos.