Inovação na Educação Ambiental como legado da COP 30
Atenta à relevância e efetividade do projeto “Gestão de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental e Inovação em Bioeconomia para Belém rumo à COP30”, FADESP apoia seminário temático no Hangar, em Belém.
“O grande avanço dessa iniciativa vai muito além da implantação das tecnologias existentes e dos processos e produtos implementados. O legado mais relevante está na inovação na educação ambiental, porque traz a educação ambiental para a prática, envolvendo a comunidade, a academia, os entes públicos”. A declaração, proferida pelo diretor adjunto da FADESP, Alcebíades Negrão Macedo, deu o tom da missão Institucional da Fundação, durante a abertura do II Seminário de Educação Ambiental – Diálogos para a COP 30, realizado no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém, nos dias 28 e 29 de maio.

Para Negrão, a educação ambiental é a contribuição maior para o desenvolvimento sustentável e ambiental da Amazônia, do Brasil e do mundo neste momento. “A temática do seminário é extremamente pertinente ao momento histórico que vivemos, especialmente com a chegada da COP 30”, ressaltou.
O diretor adjunto também enfatizou que o debate sobre o tratamento adequado dos resíduos sólidos é “multidisciplinar” e exige coordenação entre os setores público, privado e sociedade civil. “Iniciativas inovadoras como esta só avançam com articulações fortes e coordenadas. É um grande desafio do mundo contemporâneo. E é fundamental que esse debate se eternize como uma ação constante”, afirmou.
Promovido pela Itaipu Binacional, em parceria com a UFPA, Prefeitura de Belém, Governo do Pará, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Itaipu Parquetec e FADESP, o seminário reuniu entes públicos, sociedade organizada e catadores para discutir soluções sustentáveis para a gestão de resíduos sólidos, em preparação à COP 30.
O seminário também marcou o lançamento oficial do programa Coleta Mais Belém, voltado à ampliação da coleta seletiva e ao fortalecimento das cooperativas de catadores. A iniciativa integra o convênio “Gestão de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental e Inovação em Bioeconomia para Belém rumo à COP 30”, liderado pela FADESP e representado na abertura do evento pelos professores e pesquisadores Márcia Bittencourt e Raul Ventura.

A cerimônia de abertura do Seminário contou ainda com a participação da pró-reitora de Ensino e Graduação da Universidade Federal do Pará (UFPA), Maria Lucilena Gonzaga da Costa; Luiz Suzuki, gestor de contratos da Itaipu Binacional; e da representante de cooperativas de catadores, Débora Baía, da Cooperativa de Reciclagem Concaves.
Uma Belém mais limpa e sustentável
Uma das atuais preocupações de Belém é o pós-COP 30. Programada para novembro de 2025, a Conferência tem suscitado altas expectativas e induzido o debate sobre novas consciências e práticas que o evento deve legar à capital paraense. Afinada à essa reflexão, a FADESP lidera o projeto “Gestão de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental e Inovação em Bioeconomia para Belém rumo à COP30”, também abordado pelo diretor adjunto da Fundação.
A iniciativa abrange desde a instalação de biodigestores em escolas municipais até a criação do Centro de Inovação e Bioeconomia de Belém (CIBB). A proposta inclui ainda a realização de oficinas temáticas em escolas e comunidades, que buscam sensibilizar a população sobre a importância da sustentabilidade e do consumo consciente.

Também está em andamento pelo projeto a instalação de biodigestores em 32 escolas municipais, incluindo unidades nos distritos belenenses de Mosqueiro, Icoaraci e Outeiro. Essa tecnologia reaproveita resíduos orgânicos para produzir biogás e fertilizantes naturais.
Outra ação do projeto são as Unidades de Valorização de Recicláveis (UVRs), que funcionam como centros para a coleta e triagem de materiais recicláveis, operados por cooperativas de catadores. As unidades terão apoio técnico, equipamentos modernos e o chamado “Reciclômetro”, para medir a quantidade de material reciclado e a renda gerada para os catadores.
Também é parte da iniciativa a criação do Centro de Inovação e Bioeconomia de Belém (CIBB), que deve ser instalado no Casarão Higson, na Praça das Mercês, para ser um polo de desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e de fomento à economia criativa.
Com orçamento de R$ 40 milhões financiados pela Itaipu Binacional, o projeto conta ainda com a colaboração da Prefeitura de Belém, da UFPA, e da Fundação Itaipu Parquetec, sendo composto por seis eixos, dos quais dois são de responsabilidade da FADESP.
Para saber mais sobre o projeto “Gestão de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental e Inovação em Bioeconomia para Belém rumo à COP30”, confira a matéria completa na Revista FADESP.
Clique aqui para acessar.