Representantes do Ministério da Saúde (MS) foram recebidos na última sexta-feira (25) pela equipe de governança do Saúde Belém Digital. Os técnicos e consultores atuam na Secretaria de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI). Eles estiveram no escritório do projeto acompanhados de equipe da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).
A pasta coordena iniciativas de saúde digital e inovação para melhorar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Na visita, eles conferiram a evolução do projeto paraense, que está disponível desde agosto para os moradores de Belém.
Já são mais de 42 mil usuários cadastrados no serviço, que oferece plataforma de teleconsultas e teleorientação de forma gratuita. O braço tecnológico do SUS em Belém é executado em parceria com a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP) e oferece atendimento médico e de equipe multiprofissional.
Adenilson Barcelos de Miranda, técnico administrativo da SEIDIGI, avalia que “transformação” é a palavra-chave quando o assunto é saúde digital. Ele ressalta que a população está habituada a usar redes sociais e aplicativos e é importante trazer essa perspectiva para o setor de saúde. “A maneira como vocês estão propondo é bastante acolhedora, tanto para o profissional como para o usuário do serviço de saúde”, elogiou.
Eliete Moraes, consultora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e integrante da SEIDIGI, acompanhou o nascimento do projeto. Ela disse estar animada com o aspecto de formação dos profissionais da rede pública. “A saúde digital é evolução e é bom saber que Belém está caminhando para essa evolução. Queremos contribuir para que melhore cada vez mais o serviço”, declarou.
O coordenador de capacitação e formação do SBD, Camilo Almeida, destaca a necessidade de fazer um processo conhecido como letramento digital para todos os profissionais da rede. O objetivo é “atuar dentro de uma perspectiva de integração entre o virtual e o presencial para haver maior resolução das linhas de cuidado dos usuários – a exemplo dos hipertensos, diabéticos… É trabalhar dentro de uma perspetiva de integração de fluxo assistencial”, explica.
Balanço
Renato Santos, coordenador geral do Saúde Belém Digital, conclui que a reunião foi a oportunidade de ter melhores parâmetros para poder avançar. “O projeto tem tudo para avançar e se aprimorar, tendo como perspectiva uma saúde digital inclusiva, com princípios éticos. Esse é o nosso horizonte e estamos em sintonia com o Ministério da Saúde”, comemora.
Pedro Anaisse, titular da Sesma, diz que é fundamental que a equipe técnica da SEIDIGI tome conhecimento da aplicabilidade da operação da plataforma, que oferece acesso direto do usuário com os profissionais de saúde. Segundo o secretário, as diretrizes, opiniões e questionamentos recebidos tornaram a reunião “proveitosa e que qualifica ainda mais o nosso caminhar”.
Ele também destaca a construção de processo de saúde digital que garanta a consolidação do SUS do modelo de gestão da Atenção Primária baseada na Estratégia Saúde da Família. “Além disso, vincular a Atenção Primária pela saúde digital, futuramente, à atenção especializada”, aponta Anaisse.
Integração
Criada para implementar e gerenciar tecnologias e dados na área da saúde, a SEIDIGI é responsável pela integração de sistemas, desenvolvimento de ferramentas digitais como o Conecte SUS e o CADSUS (Cadastro de Usuários do SUS), e pela criação de padrões que permitam a troca segura e ágil de informações entre sistemas de saúde.
A secretaria atua para modernizar a gestão da informação no SUS, promover acessibilidade, equidade e segurança de dados, e aumentar a eficiência dos serviços de saúde digital, como consultas e acompanhamento remoto de pacientes, através da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e outras plataformas inovadoras.
Texto: Marta Cardoso
Fotos: Assessoria de Imprensa do Saúde Belém Digital