Sobre ser mãe (seus afetos e dificuldades)
À primeira vista, pode ser difícil medir a força por trás dela; a complexidade do amor que carrega consigo, desde o primeiro momento em que descobre que tem um novo coração sendo formado no compasso do seu. Estamos falando da intensa missão que é a maternidade.
Mãe é quem gera, quem cria, quem ama. E como ama! Quem assina embaixo é a mãe da pequena Manuela de 6 anos, Bruna Diniz Sfair, analista de recursos humanos da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP). Ela conta que ao descobrir a gravidez sentiu muita gratidão e euforia, por realizar um grande sonho. E ressalta os encantos da maternidade. “Simples detalhes me deixam apaixonada, como ver um sorriso no rosto dela, ter uma conversa e também observar a forma que ela encara o mundo. Parece que para ela, as situações podem ser resolvidas de maneira simples; nós, adultos, que dificultamos”, diz Bruna, que também relata a missão de ter que dividir o tempo de Manuela com o trabalho. “Não posso estar 24 horas por dia presente, mas penso sempre no melhor para minha filha. Trabalho com o propósito de ser um exemplo na vida dela, buscando sempre suprir a ausência das horas longe ficando grudadinhas, quando estamos juntas”.
Bruna, com sua filha Manuela.
Nádia Oliveira, analista de negócios da FADESP, é mãe da Maria Helena, de 11 anos. Com a descoberta da gestação, teve uma mistura de sentimentos indescritíveis. “Ser mãe é uma missão que dói a vida inteira, em todos os momentos, mas é um amor sobrenatural, que vale qualquer sacrifício”, afirma.
A missão de manter a dupla jornada é a rotina de muitas mulheres, que buscam forças diariamente, com o intuito de vencer as dificuldades e limitações. “Nos doamos integralmente; trabalhamos por horas e dividimos as 24 horas do dia para exercer os papeis de mulher, profissional e mãe. Tudo ao mesmo tempo! É cansativo, mas é salutar, para manter nossa relação com o filho e com o mundo. Ser mãe dói, sim, mas engrandece, também. A medida da dor é também a medida da alegria de ver o filho feliz”, revela, emocionada.
Nádia ainda reforça uma abordagem necessária: a não-romanização do sofrimento da maternidade. “Ser mãe é um enorme peso social. A Mulher não foi feita para ser mãe: eu acredito nisso! A gente aprende, a duras penas, na prática. O instinto materno não te incorpora do dia para a noite. A gente precisa ir construindo a mãe que existe em nós. Mesmo quando, no meio do caminho, a gente entende que maternidade não é essa plenitude toda. É preciso abrir seu coração. Quem ama cuida, protege, dá limite e escuta”, finaliza.
Mãe Nádia, com a filha Maria Helena.
Não é difícil achar esse amor em todos lugares. Se observamos sempre há uma figura materna que acolhe todos como filhos: seja na vizinhança, na escola, faculdade ou trabalho. E não poderia ser diferente no prédio-sede da FADESP.
Eliana do Socorro Modesto trabalha há 15 anos na Fundação e possui um apreço por todos os colaboradores. Ela tem o famoso coração de mãe, onde cabem todos e muitos! Compartilha desse amor com as crianças da rua onde mora, com sobrinhos, filhos do coração e “filhos da FADESP”, como carinhosamente faz referência. “Não possuo filhos biológicos e não me sinto menos mãe por isso. Ser mãe não é só gerar: é cuidar e amar. Esse é o grande diferencial”, explica.
Na foto, dona Eliana.
Ela é o exemplo admirável de que uma mãe, com ou sem parceiro, biológica ou adotiva, sempre será uma mãe! “Para mim, a maternidade está além de dar à luz; significa ser presente, orientar, amar, respeitar, ouvir e dar confiança”, menciona. Eliana comenta que desde o início se sentiu bem-vinda e que, de imediato, adotou a todos, como filhos do coração. “Desde os jovens aos adultos: todos são atenciosos e gostam de mim. Quando estou de férias, sinto saudades. Se alguém falta, pergunto se está tudo bem. Sempre retribuo o carinho e respeito que recebo aqui”, conta.
Eliana diz que o segredo de uma boa relação com os filhos é saber ouvi-los e manter uma interação, seja com brincadeiras, passeios ou conversas. E deixa como dica: crianças são o futuro do nosso país e precisamos ensiná-las sobre amor e respeito.